Tecnologias de gestão em saúde eficazes para hospitais

 

Falar sobre tecnologias médicas tornou-se um assunto bastante popular. É comum se deparar com manchetes que destacam a possibilidade de utilizar recursos como Big Data, Internet das Coisas, Cloud Computing, Realidade Virtual e Aumentada. De acordo com o relatório 2017 Global Health Care Outlook, promovido pela Deloitte, são inovações que irão trazer benefícios, porém, é preciso que os modelos de negócio das instituições estejam prontos para integrá-las na sua gestão em saúde.

 

A tecnologia, embora tenha um papel importante na área assistencial, é muito mais ampla quando discute-se sobre gestão em saúde. O assistencial é um dos pontos que compõem um gama de assuntos que devem ser apurados, administrados e controlados. A pesquisa da Deloitte, que enfatiza a transformação da saúde em hospitais, elenca alguns dos itens que devem estar presente nas soluções modernas: segurança nos processos, padronização, equipe competente e treinada corretamente e o uso, de fato, das inovações tecnológicas.

 

O artigo “Time to accelerate digital capabilities in life sciences: Is your digital strategy road-ready?”, de Chris Zant, evidencia a necessidade de manter o crescimento da transformação digital nas instituições. Para isso, será preciso repensar a normatização, a atualização de processos regulatórios e a racionalização de plataformas. A gestão em saúde entra numa nova era. Zant ainda enumera quatro fatores transformadores que estão sendo perseguidos por muitos líderes do segmento:

 

  • Execução eficiente: agilizar e digitalizar processos, atualizar e racionalizar a infraestrutura digital, implementar fluxos que facilitem a comunicação digital e substituir manuais por processos digitais;
  • Otimizar o engajamento: promover experiências diferenciadas, utilizar canais novos para alcançar os pacientes, usar dados e análises para compreender segmentos;
  • Melhor atendimento ao paciente: desenvolver sistemas e serviços para aperfeiçoar o atendimento, impulsionar descobertas científicas por meio digital, informar e fornecer ferramentas de suporte e tomada de decisão da coordenação;
  • Transformar a instituição: criar uma cultura em cima do digital, integrar a infraestrutura digital e governança, conectar e agilizar toda cadeia de valor e gerar recursos para identificar e gerenciar oportunidades digitais.

 

Na Santa Casa de Recife, a tecnologia hospitalar foi fundamental para otimizar processos e alcançar resultados. Acesse o case completo: Santa Casa e tecnologia hospitalar.

 

Tecnologias de gestão em saúde

 

Quanto mais tecnologia é usada, mais informações são geradas e, com a ferramenta correta, tornam-se acessíveis e úteis para a gestão em saúde. Todo suporte oferecido para o gerenciamento e que esteja acoplado com tecnologia de ponta é uma vantagem para o hospital. Por isso, quanto mais o sistema conseguir alcançar diferentes áreas, mais eficiente é. Atualmente, diversas certificações, como a Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS), estão associadas ao cuidados com o paciente. Por consequência, refletem na atualização e uso da tecnologia.

 

1. Beira-leito

 

O Beira-leito é uma solução revolucionária e que influencia bastante na certificação nível 6 ou 7 da HIMSS. A gestão promovida pelo Beira-leito auxilia na aplicação de medicamentos, acompanhamento dos sinais vitais e na identificação do paciente por meio da verificação com o código de barras, com a possibilidade de fazer a leitura por um dispositivo mobile.

 

O código de barras permite verificar se a medicação é a que está prescrita pelo médico no Prontuário do Paciente. Também mitigar erros de dosagem, concentração, horário de aplicação, troca de medicação ou de vias de aplicação – oral ou intravenosa. O Beira-leito traz segurança para o paciente e para a instituição. O Beira-leito é completamente inovador quando se pensa em segurança e gestão em saúde.

 

Sobre a gestão de saúde, é preciso um prontuário muito completo – que o software de gestão proporciona. Caso contrário, o Beira-leito não funcionaria. A solução permite que a enfermagem insira textos em observações, por qual motivo uma medicação não foi ministrada, por exemplo. As informações são colocadas no Beira-leito, vão para o sistema e o médico consegue acessar para fazer uma análise. É automatizado e instantâneo.

 

2. Gestão de estoque

 

A gestão da farmácia é um dos componentes mais importantes na gestão em saúde. Um software adequado poderá administrar a gestão de compra, compra coletiva, comparativo de preços, gestão de lote e validade – e utilizar a informação para não desperdiçar medicamentos. Consegue preparar kits, por exemplo: aprontar um kit para cirurgia em que um leitor de barras avaliará se todos os itens estão corretamente faturados para o plano de saúde e evitar glosa.

 

A gestão de estoque não é apenas o produto de uma forma geral. Mas abrange a questão de perda de medicamento, materiais, entre outros. Evita que aconteça uma situação em que há apenas a informação de entrada, mas não de saída. Consegue fazer o tracking dos materiais, o que saiu e quem foi o solicitante. É mais um ponto a favor da segurança e da gestão em saúde, pois evitará uma má gestão de Materiais e medicamentos.

 

3. Gestão de agenda

 

Em gestão de saúde, o cuidado com o agendamento é fator de boas experiências ou insatisfação. A gestão de agendas visa exatamente trazer benefícios que eram impossíveis apenas com ferramentas analógicas e análise humana. É possível bloquear a agenda de um profissional e fazer várias marcações para um paciente – quando é necessário realizar, por exemplo, um exame e também um consulta.

 

Outra situação que pode ser citada é o que ocorre na fisioterapia. O paciente vai ao médico e recebe uma prescrição de um número de sessões. Com um sistema eficiente, na hora que o paciente for até a recepção, a prescrição já estará linkada em sua agenda. A recepcionista consegue marcar todas as sessões receitadas e deixar reservados os equipamentos e enviar informações para farmácia se necessário. Na hora marcada, não será preciso esperar.

 

Utiliza-se uma pré-autorização com o plano de saúde, que evita o risco da sessão ser recusada pelo plano. Não ocorrem ocasiões como o bloqueio de agenda do médico e falta de autorização do plano de saúde. Para otimizar as marcações, são enviados também mensagens SMS para o paciente, confirmando ou desmarcando a consulta. Se a resposta for não, constará na agenda do paciente. A recepcionista ligará para o próximo da fila de espera para fazer um novo agendamento.

 

A gestão em saúde alinhada com tecnologias que abrangem diversas áreas, do assistencial ao controle de equipamentos, tende a fazer com que a instituição cresça consistentemente. O mais significativo: promoverá segurança e um ótimo atendimento ao paciente.

 

Janine Costa

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