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A nova era do PACS e a revolução no setor de saúde

Por Rogério Pires e Roberto Ribeiro da Cruz em 3 de março de 2016

Suprir as organizações de saúde com informações detalhadas dos pacientes é um desafio. Todos os setores de uma clínica ou hospital precisam partilhar dos mesmos dados para que o fluxo de trabalho seja contínuo e efetivo. Aliado a isto as empresas de Healthcare IT vem desenvolvendo novas gerações de PACS (Picture Archiving and Communication System), com os quais é possível visualizar variados tipos de imagens e informações, em dispositivos e tecnologias distintas, facilitando o acesso e compartilhamento dos dados em toda a instituição.

 

O PACS é um sistema de arquivamento e comunicação de imagens, que já tem seu uso consolidado mundialmente, e faz o armazenamento de todo o histórico de exames e laudos dos pacientes, permitindo que essas informações estejam seguras e possam ser distribuídas e visualizadas por meio da ferramenta. Essa funcionalidade tem contribuído para que o sistema tenha cada vez mais espaço e relevância em hospitais e, principalmente, em clínicas de diagnóstico por imagem. Segundo dados do Market Research, o mercado de PACS deve chegar em 5,4 bilhões de dólares em escala global até 2017.  

 

A arquitetura dos PACS vem evoluindo com o passar dos anos diante das necessidades das instituições. O sistema nasceu numa arquitetura monolítica e era usado somente na área de radiologia. Seguindo a tendência e a demanda das organizações de saúde e das novas soluções tecnológicas, esse software está se reinventando, o que contribui para uma real revolução no mercado de diagnóstico por imagem.

 

A primeira grande mudança dessa solução aconteceu por volta do ano 2000, quando o PACS passou a integrar os dados das instituições com o RIS (Radiology Information System). Essa unificação dos dois sistemas permitiu que o departamento de radiologia das entidades de saúde tivesse muitos benefícios no que diz respeito à organização dos arquivos de imagem e do processo de laudos como um todo. Registro único do paciente, gerenciamento e distribuição de imagens, redução do tempo de espera, tanto do paciente como do corpo clínico, para o diagnóstico e maior eficiência operacional são algumas das vantagens.

 

Hoje vivemos uma nova era. Estamos na fase do Desconstructed Pacs. Uma terminologia que remete a uma nova plataforma arquitetural de produto, que se baseia em três pilares:

 

  • VNA (Vendor Neutral archive): componente que realiza o armazenamento de documentos, imagens e informações, permitindo que qualquer setor da instituição acesse os dados de forma estruturada. No VNA é possível armazenar qualquer informação que seja pertinente ao paciente.

 

  • Visualizador de imagens Web-based (enterprise viewers): independentemente do visualizador ou sistema operacional utilizado, a imagem poderá ser acessada em diversos dispositivos, sejam tablets, telefones ou workstations de diagnósticos avançados através de tecnologia ZFP (zero foot print).

 

  • Workflow para tratativa do fluxo médico: um componente de definição de workflow é necessário para orquestrar todo o processo de laudo médico. O médico pode definir o cockpit de atendimento de uma forma personalizada, utilizando diversas configurações customizadas. Outra grande vantagem é a medição de produtividade do processo baseado em níveis de serviço predefinidos.

 

Um outro grande pilar desse modelo é trabalhar com standards de mercado (EHS, DICOM, HL7) que facilitam a integração entre produtos, tornando as soluções mais acopláveis.

 

Essa nova arquitetura de PACS possibilitará a integração de todas as áreas de uma instituição de saúde, fazendo com que a informação transite entre o médico, o paciente e a instituição de uma forma fluída e sem entraves tecnológicos.

 

Outra grande evolução no mercado de PACS diz respeito ao CloudStorage. Essa tecnologia permite o armazenamento (archiving) de imagens antigas (Long Term Storage) na nuvem, num modelo Software as a Service (SaaS). Com isso as instituições reduzem o investimento em infraestrutura, simplificam a gestão da operação e minimizam riscos de perda de imagens. Toda essa tecnologia vem associada a uma predição, no qual o workflow de agendamento médico é integrado à solução, fazendo a requisição da imagem na nuvem para a instituição de saúde, quando necessário.

 

As vantagens de adotar sistemas como este são incontáveis, e é indiscutível que a evolução da tecnologia aplicada a saúde anda a passos largos. Todas essas tecnologias aqui citadas já são realidade no mercado de saúde, e qualquer instituição pode ter acesso a elas, seja no Brasil ou exterior. Estamos diante de uma nova era.

 

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