Um dos ramos da telemedicina, a telerradiologia foi regulamentada no Brasil em 2009 pela Resolução CFM n° 1.890 e desde então tem contribuído para otimizar a emissão de laudos e diagnósticos por imagem, já que as instituições podem acessar especialistas à distância 24 horas por dia, 7 dias da semana.
Com a autorização da prática de outras modalidades da telemedicina em 2020 — como a teleconsulta —, a telerradiologia ganhou mais importância no fomento da transformação digital nas instituições de saúde e na oferta de uma jornada do paciente 100% digital.
Neste artigo, entenda o que é telerradiologia, seu funcionamento e suas vantagens para as instituições e profissionais da radiologia. Acompanhe!
Diante do crescimento da procura por exames de diagnóstico por imagem, a medicina diagnóstica precisou buscar alternativas para aumentar a produtividade dos profissionais. Dessa necessidade, surgiu a telerradiologia, uma modalidade da telemedicina que permite transmissão de imagens — como Raios-X, tomografias computadorizadas (TC) e ressonâncias magnéticas (RM) — de um local para outro com o objetivo de compartilhar estudos com outros radiologistas e médicos.
O fato de viabilizar a troca de imagens à distância garante que uma instituição possa contar com o trabalho de um especialista a qualquer dia e horário. Assim, caso seja necessário o apoio de um neurorradiologista ou de um radiologista musculoesquelético, por exemplo — que geralmente estão disponíveis apenas em grandes cidades — basta encaminhar as imagens para onde o profissional estiver atuando.
Com uso de tecnologias eficientes para promover a telerradiologia, as instituições têm conseguido reduzir a carga de trabalho dos radiologistas e o tempo de espera do paciente pela emissão da sugestão de diagnóstico, assim como otimizar recursos.
Saiba mais: Tendências de medicina diagnóstica e radiologia
O Conselho Federal de Medicina (CFM) regulamentou e prática da telerradiologia em 2009, através da Resolução n° 1.890. No entanto, em 2014, o CFM atualizou a norma: a Resolução n° 2.107, além de definir e normatizar a telerradiologia, também revogou a resolução anterior.
A telerradiologia, segundo Art. 1° da norma, é “exercício da Medicina, onde o fator crítico é a distância, utilizando as tecnologias de informação e de comunicação para o envio de dados e imagens radiológicas com o propósito de emissão de relatório, como suporte às atividades desenvolvidas localmente”.
Veja as as principais normas para a prática da telerradiologia:
É também importante esclarecer que a telerradiologia, em muitos casos, não dispensa a necessidade de contar com um médico radiologista atuando presencialmente na instituição. Exames como RM, TC, radiografia, mamografia, densitometria óssea e medicina nuclear, por exemplo, podem ser laudados à distância desde que tenha um responsável médico local.
A modalidade, portanto, complementa os serviços radiológicos, ou seja, é uma tecnologia de apoio que contribui para otimizar os processos e o atendimento ao paciente.
Os procedimentos para emissão remota de laudos se assemelham bastante aos dos exames laudados de forma presencial. São relativamente simples, o que, em parte, justifica o crescimento dos serviços de diagnósticos à distância, que saltaram de 12% em 2019, para 20%, em 2021, segundo dados da TIC Saúde 2021.
Para ser praticada, é preciso contar com equipamento de tecnologia digital, plataforma de telemedicina e um profissional com formação técnica em radiologia.
Confira o fluxo da telerradiologia:
O equipamento de TC, RM ou Raio-X captura sinais e os envia ao computador com software específico — o PACS —, onde os pixels são convertidos em uma imagem digital.
Acompanhada do pedido médico e dos dados clínicos do paciente, são enviadas as imagens do exame em formato DICOM para a plataforma de telemedicina. Isso pode ocorrer de forma automática ou não. Nesse caso, o profissional responsável pela realização do exame pode compartilhar os registros diretamente na plataforma de qualquer dispositivo conectado à internet.
Os médicos radiologistas acessam o sistema de telerradiologia, onde visualizam e interpretam as imagens do exame, e conferem os dados clínicos do paciente. Este documento é assinado de forma eletrônica e logo disponibilizado para o paciente. Quando integrado ao Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), é automaticamente enviado para essa plataforma, acelerando o acesso pelo médico solicitante.
Veja como uma solução eficiente pode fazer a diferença no seu CDI no material: Inovações nos laudos radiológicos com o PACS da Pixeon.
Garantir a emissão de laudos 24/7 é apenas um dos benefícios da telerradiologia para as instituições de saúde e pacientes.
Confira outras vantagens da modalidade:
Os profissionais podem trabalhar de qualquer local, eliminando a necessidade de deslocamento até a instituição onde será realizado o exame. Isso pode contribuir para a redução de custos, já que a instituição não precisa empregar um radiologista em tempo integral.
Os radiologistas podem colaborar uns com os outros e obter um melhor diagnóstico. Uma segunda opinião pode ser alcançada facilmente, sem necessidade de encaminhar o paciente.
A telerradiologia permite uma visualização veloz das imagens capturadas. Assim, os profissionais e instituições otimizam o atendimento paciente, já que podem fornecer um diagnóstico mais rápido, assim como acelerar o tratamento.
Instituições com unidades em áreas remotas podem contar com o trabalho de especialistas à distância, superando a necessidade de contratação presencial.
Não são poucas as instituições de saúde que estão enfrentando dificuldades de contar com profissionais, especialmente em feriados e em turnos noturnos. A telerradiologia é uma alternativa para isso, pois é possível aumentar a produtividade com um quadro reduzido de radiologistas in loco, já que estes podem trabalhar de qualquer lugar.
Duas soluções podem fazer a diferença na assertividade da telerradiologia e ainda ajudar na transformação digital rumo à Saúde 5.0: o PACS e a Central de Laudos.
Com um sistema PACS robusto, seus profissionais podem contar com recursos de visualização, interpretação, armazenamento e distribuição de imagens, assim como acessar o histórico dos seus pacientes para fazer comparação com exames anteriores. As melhores soluções contam com reconhecimento de voz e protocolos de visualização e ferramentas para atender todas as modalidades de exame.
Já a Central de Laudos simplifica ainda mais o laudo e, quando hospedada na nuvem, garante um aumento ainda maior da produtividade. A solução permite, por exemplo, a ordenação automática de acordo com a prioridade e a definição de metas e listas de exames laudados por profissional em tempo real.
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