Não é de hoje que a transformação digital na saúde pública vem revelando suas vantagens. A cultura data-driven e a telemedicina, por exemplo, revolucionam os diagnósticos e tratamentos na saúde pública.
Isso porque a análise de dados contribui para melhorar os processos e proporcionar atendimentos personalizados. Por outro lado, a telemedicina reforça a importância da tecnologia em circunstâncias específicas, como o atendimento aos pacientes em áreas remotas.
Porém, ainda que a transformação digital na saúde pública seja visível, há muitos desafios a serem superados. A seguir, entenda mais sobre o cenário brasileiro e o que esperar do futuro digital na área da saúde.
Transformação digital na saúde pública: panorama atual
A transformação digital na saúde pública tem como objetivos principais otimizar a qualidade da assistência e ampliar o acesso aos serviços. Na prática, isso se traduz em diagnósticos mais eficientes, agilidade nos atendimentos e monitoramento da saúde do indivíduo de maneira integral.
Uma medida que impulsionou o uso de tecnologia nas unidades Básicas de Saúde (UBS) é a obrigatoriedade de adotar o novo Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC), em vigor desde 2017.
Os números quanto ao PEC até que são positivos. Em 2023, os dados do Ministério da Saúde mostram que 77% dos municípios usam este recurso, enquanto 19,2% utilizam sistemas próprios e 3,8% não usam um prontuário eletrônico.
Outro ponto importante é a criação da Secretaria de Informação e Saúde Digital, que se responsabiliza pelo apoio ao planejamento, uso e incorporação de produtos e serviços de tecnologia. Tecnologias como teleconsultas, prontuários eletrônicos e plataformas de monitoramento remoto se tornaram essenciais, especialmente após a pandemia da COVID-19.
Esses são passos para a transformação digital na saúde pública, mas será que já superamos os desafios? A resposta é: ainda não. Existem muitas barreiras a serem vencidas quando o assunto é transformação digital na saúde pública.
Evoluímos muito ou não? Desafios da transformação digital na saúde pública
Embora os avanços sejam notáveis, ainda há um longo caminho a ser percorrido para que os benefícios da transformação digital sejam plenamente aproveitados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Entre os desafios no cenário brasileiro, podemos destacar:
Desigualdade geográfica
A Demografia Médica de 2024 mostra que o Brasil conta com 575.930 médicos ativos. Isso equivale a 2,81 profissionais por mil habitantes, uma das maiores proporções registradas no país.
No entanto, o Conselho Federal de Medicina (CFM) destaca que a distribuição ainda é desigual. A maioria dos médicos prefere se instalar nas regiões Sul, Sudeste e nas capitais, devido às condições de trabalho.
Desse modo, nota-se a falta de investimento, vínculos precários de emprego e ausência de perspectivas nos demais estados. O Sudeste conta com a maior densidade e proporção de médicos, 3,76 por mil habitantes.
Em contrapartida, o Norte possui a menor proporção de médicos, chegando a 1,73 por mil habitantes, número bem abaixo da média nacional.
Infraestrutura e falta de interoperabilidade dos dados
A infraestrutura de TI é um obstáculo significativo, especialmente em áreas remotas, exigindo investimentos em sistemas de registro eletrônico de saúde.
Áreas rurais e populações de baixa renda geralmente têm menos acesso à internet, o que exclui esses grupos dos benefícios da saúde digital.
Como consequência, a falta de padronização nos sistemas eletrônicos de prontuários dificulta a interoperabilidade dos dados, impedindo o compartilhamento fluido de informações entre diferentes instituições.
Essa fragmentação dificulta o acompanhamento do histórico médico do paciente, prejudica a qualidade do cuidado e impede a análise abrangente de dados para embasar políticas públicas.
Segurança de dados
A coleta, armazenamento e compartilhamento de dados de saúde exigem medidas robustas de segurança para garantir a privacidade dos pacientes e evitar vazamentos de dados.
No Brasil, temos a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) que dispõe sobre o tratamento de dados pessoais.
A LGPD na Saúde ainda exige adaptações importantes das instituições, como revisão e atualização de políticas internas, treinamento de funcionários e melhoria da infraestrutura tecnológica.
O setor de saúde conta com medidas específicas para proteção dos dados de pacientes, como o armazenamento exigido de 20 anos. No entanto, há outras questões que só a LGPD complementa e precisam ser aplicadas, como a solicitação do consentimento informado sobre a manipulação dos dados.
Ou seja, é preciso obter a permissão explícita dos pacientes sobre a coleta dos seus dados. O software médico de gestão deve registrar o consentimento e permitir a revogação do mesmo em qualquer momento. Além disso, é preciso garantir que os sistemas utilizados sigam a LGPD e tudo seja registrado em contrato.
Assim, é possível aumentar a segurança da manipulação dos dados e reduzir o risco de ataques cibernéticos. Afinal, é de responsabilidade da instituição de saúde garantir o cumprimento da LGPD e proteger os dados dos pacientes, respondendo criminalmente em casos de vazamentos de informações.
Sem contar que, diante de uma situação como essa, o hospital, clínica ou laboratório perderá sua credibilidade perante o público.
Baixe agora: [Infográfico] Como a tecnologia garante a segurança do paciente?
O que podemos esperar do futuro?
O estudo da Deloitte prevê que, até 2040, a ênfase do setor se deslocará do tratamento de doenças para a promoção da saúde e do bem-estar individual, com foco na detecção precoce, na intervenção proativa e na personalização do cuidado.
A análise de dados ganha destaque, pois, favorece a intervenção proativa e antecipada no diagnóstico de doenças, facilitando o tratamento e demais ações de cuidado com o paciente.
Outro foco importante são as plataformas interoperáveis, que permitem o compartilhamento seguro de informações com sistemas de outras instituições.
Além disso, empresas inovadoras assumirão novos papéis na economia da saúde, gerando 85% da receita do setor. Diversas tendências já estão em curso e devem se intensificar nos próximos anos, entre elas podemos destacar:
- Telemedicina;
- Inteligência Artificial (IA) a serviço da saúde;
- Big data e análises preditivas;
- Dispositivos com internet das coisas (IoT);
- Ferramentas digitais para pacientes;
- Sistemas eletrônicos para gestão de exames.
Se você quer entender mais sobre o tema e descobrir como a transformação digital está presente na saúde pública, baixe o Checklist — Futuro da saúde: quais as prioridades para as instituições nos próximos anos?
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