A telemedicina transformou o acesso à saúde no Brasil. Com a regulamentação avançando e o número de teleconsultas em crescimento, esse modelo já faz parte da rotina de muitos profissionais e pacientes.
No entanto, para que seu impacto seja ainda maior, há desafios a serem superados.
Infraestrutura, segurança de dados e capacitação são pontos que precisam de atenção para garantir um atendimento remoto eficiente e acessível.
Neste artigo, falamos sobre os desafios da telemedicina e como ela continua evoluindo.
Telemedicina no Brasil hoje
A telemedicina já faz parte do dia a dia da saúde no Brasil. Em 2023, foram mais de 30 milhões de consultas remotas, um salto de 172% em relação ao período de 2020 a 2022, segundo dados da Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaúde).
A regulamentação ajudou, mas o que realmente fez esse modelo crescer foi a necessidade de oferecer atendimento sem depender da estrutura física. Muitos profissionais já incorporaram a teleconsulta à rotina. Em 2022, a pesquisa TIC Saúde identificou que 33% dos médicos e 26% dos enfermeiros atendiam pacientes dessa forma.
Quem usa percebe que ganha tempo, evita deslocamentos e consegue manter um volume maior de consultas sem comprometer a qualidade do atendimento. Outro fator que impulsiona esse crescimento é a distribuição desigual de médicos pelo país.
O Brasil tem mais de 575 mil profissionais ativos, mas eles não estão espalhados de forma equilibrada. Na região Norte, por exemplo, a média é de 1,73 médicos por mil habitantes, bem abaixo da média nacional de 2,81. Para quem precisa atender pacientes em diferentes regiões, a telemedicina virou um caminho natural. Na prática, essa mudança tem impacto direto na operação das clínicas.
Com mais consultas acontecendo online, a necessidade de espaço físico diminui, e os recursos podem ser realocados de maneira mais estratégica.
Com isso, o mercado de saúde digital segue crescendo no mundo todo. A previsão é que esse setor avance 18,8% ao ano até 2030, chegando a US$ 857,2 bilhões.
Quem acompanha essa tendência sabe que a telemedicina não é mais um diferencial — virou parte da estratégia para manter um atendimento eficiente e acessível.
3 desafios da telemedicina no Brasil
A telemedicina segue crescendo, mas enfrenta barreiras que limitam sua adoção nos serviços de saúde.
Segundo a Pesquisa TIC Saúde 2024, somente 9% dos estabelecimentos oferecem teleconsultas, com maior presença em hospitais com internação de mais de 50 leitos e unidades de diagnóstico e terapia.
No setor público, a oferta é ainda mais restrita em comparação ao setor privado, evidenciando desafios estruturais e tecnológicos para a ampliação desse modelo de atendimento.
A conectividade limitada, a segurança dos dados e a adaptação dos profissionais continuam sendo pontos críticos para a expansão da telemedicina.
Embora a regulamentação avance, superar essas barreiras é essencial para garantir um atendimento remoto eficiente e acessível.
1. Conectividade e acesso à internet
A telemedicina depende de conectividade, mas milhões de brasileiros ainda enfrentam barreiras para acessá-la.
A PNAD 2023 aponta que 5,9 milhões de lares não utilizam a internet, e um estudo do IICA (2020-2022) revela que 13 milhões de pessoas no meio rural não possuem qualquer cobertura digital, tornando inviáveis consultas remotas.
Mesmo onde há acesso, a qualidade da conexão é um entrave. Somente 18,97% da área agrícola possui cobertura 4G ou 5G, segundo a Conectar Agro e a Universidade Federal de Viçosa.
Sem uma infraestrutura estável, pacientes e profissionais enfrentam limitações no atendimento à distância. Ampliar a conectividade é essencial para que a telemedicina cumpra seu papel na inclusão da saúde.
2. Segurança e integração de dados
A digitalização dos atendimentos exige sistemas que garantam a proteção das informações médicas.
Vazamentos ou falhas na segurança podem comprometer a confiança dos pacientes e resultar em penalidades legais. Além da proteção dos dados, a falta de integração entre plataformas dificulta o compartilhamento de informações entre profissionais de saúde.
A Estratégia de Saúde Digital (ESD) do governo federal busca melhorar a estrutura digital do setor, mas ainda há dificuldades para padronizar os sistemas.
Sem interoperabilidade, as informações ficam dispersas e exigem mais tempo para serem acessadas e analisadas. Isso afeta a agilidade no atendimento e a continuidade do cuidado, especialmente em atendimentos remotos.
3. Capacitação e adaptação dos profissionais
A telemedicina exige habilidades específicas que nem todos os profissionais dominam. O uso de plataformas digitais, a condução de consultas à distância e a interação com pacientes sem o contato presencial trazem desafios para médicos e enfermeiros.
Muitos nunca receberam treinamentos específicos para esse tipo de atendimento, o que pode impactar a qualidade da consulta. Ferramentas de suporte à decisão clínica (SDC) ajudam a reduzir essa dificuldade.
Esses sistemas fornecem informações baseadas em evidências durante a consulta, auxiliando na definição de diagnósticos e tratamentos. O acesso a esses recursos melhora a precisão das decisões médicas e facilita a adaptação ao atendimento remoto.
Como otimizar o serviço de telemedicina?
O atendimento remoto já faz parte da rotina de muitos profissionais, mas sempre há espaço para melhorar a experiência e tornar o processo mais eficiente.
Pequenos ajustes na operação podem reduzir falhas, agilizar consultas e garantir que a tecnologia funcione sem obstáculos. A qualidade da telemedicina depende de estrutura, integração de sistemas e preparo da equipe.
Garantia de conexão e equipamentos adequados
A consulta online precisa acontecer sem interrupções. Conexão instável, áudio ruim ou imagem com baixa qualidade podem atrapalhar o atendimento.
Um computador com bom processamento, câmera em alta definição e microfone de qualidade ajudam a evitar falhas na comunicação.
A internet também precisa ser estável. Em regiões onde a conexão varia muito, uma rede reserva pode garantir que o atendimento não seja interrompido. A estrutura técnica influencia diretamente na fluidez da teleconsulta e na percepção do paciente sobre o serviço.
Uso de um sistema integrado para organizar atendimentos
A gestão dos atendimentos online fica mais simples com um software que centraliza informações. Uma plataforma funcional permite agendar consultas, armazenar prontuários eletrônicos e emitir prescrições digitais em um único ambiente.
Com isso, profissionais ganham tempo e evitam a troca de mensagens fora do sistema. A prescrição digital já é uma prática consolidada, facilitando a compra de medicamentos e reduzindo erros na leitura de receitas. A agenda online também otimiza os horários e diminui o número de faltas, melhorando o fluxo do atendimento.
Com tudo organizado, os processos se tornam mais rápidos e eficientes.
Capacitação da equipe para a rotina digital
A consulta virtual exige uma abordagem diferente da presencial. O contato precisa ser mais direto, a explicação dos diagnósticos deve ser clara e o profissional precisa saber lidar com limitações do atendimento remoto.
Treinamentos ajudam a melhorar a comunicação e a evitar que o paciente sinta falta do ambiente físico. Além da adaptação ao formato, o uso de ferramentas que auxiliam a tomada de decisão pode facilitar diagnósticos e tratamentos.
Sistemas que oferecem informações médicas baseadas em evidências ajudam profissionais a terem mais precisão e segurança no atendimento.
A telemedicina segue como uma solução eficiente para ampliar o acesso à saúde, mas seu avanço exige melhorias em conectividade, segurança e capacitação.
Investir nessas áreas fortalece o atendimento remoto e torna essa tecnologia ainda mais integrada ao dia a dia da saúde no Brasil.
Para entender melhor os desafios da transformação digital na saúde pública e como a tecnologia pode impulsionar o setor, confira o episódio do Podcast Health Ideas: O desafio da transformação digital na saúde pública.
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