O setor de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPMEs) está entre os que apresentam o maior desafio na gestão de custos e controle de autorização para hospitais e unidades médicas. Dentre os motivos para isso, temos o alto valor de aquisição dos produtos.
Fatores como diferentes materiais, bem como ciclo de vida curto de tecnologias para OPMEs, geram variação de custos e grande impacto financeiro nas unidades médicas, sobretudo quando se têm estoques que se tornam obsoletos. Além disso, há problemas de registro, padronização de nomenclatura, falta de bancos de preços públicos confiáveis, organização e controle de autorização de OPME.
A situação é agravada pelas próprias características do mercado de OPMEs, marcado pela complexidade, competição imperfeita, oligopólio diferenciado, assimetria de informação e, até mesmo, corrupção. Tais desafios de gestão de OPME, apesar de conhecidos, geram gastos desnecessários, glosas e, principalmente, atrasos no atendimento dos pacientes.
A solução passa pela busca de mecanismos para ampliação do controle da gestão de compras hospitalares – que inclui a escolha dos melhores fornecedores e a redução no desperdício de materiais – e da autorização e liberação de OPME. Mas por onde começar a resolver esses problemas? É o que você confere neste artigo.
As Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPMEs) representam o grupo de materiais utilizados na assistência à saúde em diferentes tipos de intervenções: setor médico, odontológico, terapêutico ou de reabilitação, por exemplo.
Por se tratar de um tema complexo e que envolve muitas partes interessadas – médicos, pacientes, fornecedores, entre outros – a gestão de OPME é uma das demandas mais desafiadoras da área da saúde.
As operadoras de saúde também são um agente importante nessa logística, tendo em vista que os OPMEs são insumos de valor elevado e cuja aquisição deve respeitar uma série de exigências. Nesse sentido, é necessária muita cautela para que a aquisição, transporte e manejo desses materiais não gere prejuízo a nenhuma das partes envolvidas.
A lista de materiais OPME é extensa, incluindo centenas de insumos nas mais variadas especialidades médicas. A seguir, listamos alguns OPMEs divididos por especialidade, de acordo com a tabela do Data SUS.
A Agência Nacional de Saúde (ANS) revelou que os valores de Dispositivos Médicos Implantáveis (DMIs) podem variar até 3.000%, de acordo com a região em que são adquiridos e a forma de aquisição.
Disso decorre a primeira entre as boas práticas para fazer controle de autorização de OPME: priorizar a pesquisa e análise técnica do material, do fornecedor e dos custos com as visitas especializadas.
Essas análises ajudarão a sua instituição hospitalar a entender se e como o fornecedor atende as demandas, tanto em relação aos requisitos de qualidade – sobretudo no caso de novas tecnologias – quanto às normas de compliance na saúde.
Com a ausência de bancos de preços confiáveis e a diversidade de produtos e tecnologias, é importante ter uma equipe multidisciplinar que observe:
Uma boa gestão de OPME deve avaliar minuciosamente todos esses quesitos para chegar ao melhor custo-benefício nas aquisições. Além disso, embora na prática comercial seja comum utilizar nomes diferentes dos registrados pela Anvisa para OPME, é essencial estabelecer internamente a padronização das nomenclaturas, tal como na farmácia hospitalar. Essa prática facilita e agiliza a avaliação dos profissionais para liberação dos materiais adequados.
Outro aspecto primordial no controle de autorização da OPME é o conhecimento aprofundado das legislações que regulamentam o setor. A lei determina quais procedimentos têm cobertura obrigatória dos planos de saúde. No entanto, é importante lembrar que existem normas específicas estabelecidas pelos próprios convênios, como o limite do número de procedimentos realizados em determinado período por paciente.
Para evitar glosas, é importante que a instituição conheça essas normas internas e parametrize o controle de compras de acordo com as regras de cada operadora. Vale lembrar também que há muitos fatores envolvidos na cadeia de solicitação, aquisição e entrega de OPMEs – paciente, médico, hospital, convênio, fornecedor e distribuidor.
Nesse sentido, uma gestão de OPME otimizada demanda um equilíbrio constante entre custos e velocidade nas aquisições, pois isso interfere diretamente na assistência que será prestada ao paciente. Contar com um sistema de gestão especializado favorece essa prática, garantindo a customização e parametrização das normativas de cada convênio, para trazer agilidade e precisão ao processo.
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Um bom sistema de gestão para hospitais operacionaliza essas tarefas e orquestra todos os aspectos envolvidos para uma gestão de OPME eficiente e rigorosa. Com esse tipo de ferramenta inteligente, é possível fazer toda a gestão de materiais especiais em um mesmo ambiente, em regime ambulatorial. A plataforma contempla as seguintes etapas:
A padronização do processo e a gestão digital de todo o fluxo de materiais utilizados pela instituição favorecem:
Além disso, com o suporte de um sistema digital, é possível elaborar um planejamento hospitalar mais estratégico e ter um processo mais acurado na auditoria de gastos da instituição. A partir dos dados informados desde a aquisição, dispensação e utilização, os gestores poderão avaliar eventuais desperdícios ou extravios, observando padrões e detectando falhas de logística, por exemplo.
Ainda em relação às tarefas administrativas, os sistemas inteligentes favorecem também processos mais sustentáveis. Isso porque, com a digitalização de documentos e outras informações pertinentes à gestão de OPME, evitam-se impressões desnecessárias e o desperdício de papel.
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Como vimos, o setor de OPMEs tem características únicas, dada a complexidade do fluxo desses materiais e as várias normas que o regulamentam. Para eliminar os desafios ligados ao controle de autorização de OPME e gestão desse setor é essencial contar com as novas tecnologias que vêm revolucionando os serviços em saúde.
Um sistema inteligente otimiza os processos de autorização junto às operadoras e facilita a negociação e aquisição de produtos, trazendo resultados efetivos também para os pacientes, sobretudo em relação à agilidade na assistência prestada e nos custos envolvidos. Entre as vantagens de utilizar um sistema hospitalar para realizar uma boa gestão de materiais, estão:
Com tantos benefícios e diferenciais, a sua instituição só tem a ganhar ao investir em sistemas inteligentes para fazer a gestão de OPME de forma prática, ágil e efetiva.
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