Telemedicina: vantagens e ferramentas para profissionais de saúde Equipe Pixeon - 10 de junho de 2025 A telemedicina conecta pacientes e profissionais de saúde, tornando o atendimento mais acessível e eficiente. A aplicação de tecnologias permite a realização de consultas, diagnósticos e monitoramento remoto, reduzindo deslocamentos e tempo de espera. Durante a pandemia, o modelo ganhou visibilidade, mas sua utilização vem crescendo de forma estruturada e integrada aos serviços de saúde. Para clínicas e hospitais, a telemedicina representa uma oportunidade de ampliar a capacidade de atendimento, otimizar recursos e garantir mais segurança no compartilhamento de informações médicas. Entenda mais neste artigo! O que é e como funciona a telemedicina? A telemedicina é a prática de assistência médica realizada à distância, utilizando tecnologias digitais para fornecer consultas, diagnósticos, acompanhamento e gestão em saúde. Diferente de uma simples videoconferência entre médicos e pacientes, ela representa uma abordagem estratégica alinhada à quádrupla meta estabelecida pelo Institute for Healthcare Improvement: melhor experiência para o paciente, gestão eficaz da saúde populacional, eficiência operacional aprimorada e maior satisfação dos profissionais de saúde envolvidos. Para compreender sua importância, basta avaliar o custo e os desafios enfrentados por um cidadão que precisa se deslocar em uma cidade como São Paulo para uma avaliação presencial em um pronto atendimento. São perdas significativas de tempo produtivo, emissão de gases poluentes pelo transporte, longas esperas nas unidades de saúde e exposição desnecessária a riscos diversos. Nesse contexto, a telemedicina surge como alternativa altamente vantajosa, oferecendo ao paciente uma experiência mais prática e confortável, com redução de custos e melhorias expressivas na qualidade de vida. Dessa forma, a telemedicina garante um atendimento mais ágil, seguro e eficiente, beneficiando populações tanto em áreas urbanas quanto em regiões rurais ou remotas. Quem pode atender por telemedicina? No Brasil, médicos devidamente registrados nos Conselhos Regionais de Medicina (CRM) estão autorizados a realizar atendimentos via telemedicina. Conforme determina a Resolução nº 2.314/2022 do Conselho Federal de Medicina (CFM), os profissionais precisam garantir que a consulta ocorra de forma ética e segura. É exigido que o médico respeite todos os critérios estabelecidos no Código de Ética Médica. Outros profissionais de saúde, como enfermeiros, nutricionistas e psicólogos, também podem atuar em serviços digitais. Entretanto, cada categoria profissional deve seguir as normativas específicas emitidas pelos seus respectivos conselhos profissionais. É importante também destacar que todos os profissionais envolvidos em atendimentos virtuais precisam manter atualizados os registros clínicos dos pacientes. Esses registros garantem segurança e continuidade no acompanhamento, além de atender às exigências legais previstas pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que regulamenta o tratamento de informações pessoais no país. O que diz a legislação para a telemedicina? A prática da telemedicina no Brasil evoluiu significativamente nos últimos anos, especialmente após a pandemia de Covid-19. Atualmente, a legislação brasileira estabelece diretrizes claras para a prestação de serviços de saúde à distância. Aprovada em 27 de dezembro de 2022, a Lei nº 14.510/2022 regulamenta e permite a prática da telessaúde em todo o país. Essa legislação estabelece que a telemedicina consiste na oferta de serviços de saúde à distância, utilizando tecnologias de informação e comunicação. Além disso, garante ao profissional de saúde a autonomia para decidir sobre a utilização ou não dessa modalidade, podendo optar pelo atendimento presencial sempre que julgar necessário. A lei também assegura que a telessaúde seja realizada com o consentimento livre e esclarecido do paciente. Em 5 de maio de 2022, o CFM publicou a Resolução nº 2.314/2022, que citamos anteriormente e, apesar de destacar que a consulta presencial continua sendo o padrão ouro no atendimento ao paciente, definiu a telemedicina como um recurso complementar relevante na assistência médica. Os planos de saúde cobrem os atendimentos à distância? A cobertura das consultas por telemedicina é obrigatória para planos de saúde regulamentados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Conforme à Nota Técnica nº 6/2020 da ANS, os planos devem cobrir os atendimentos à distância como parte dos procedimentos contratados pelos beneficiários, desde que previstos no rol de procedimentos da agência reguladora. As operadoras precisam garantir aos beneficiários o acesso à teleconsulta em condições semelhantes aos atendimentos presenciais contratados. Isso significa que consultas médicas e terapias realizadas por vídeo ou outros meios digitais devem ter cobertura quando corresponderem a serviços autorizados pelo plano contratado pelo usuário. Dessa maneira, a ANS busca assegurar aos pacientes o direito ao atendimento remoto sem custos adicionais, ampliando o acesso à saúde de forma segura e eficiente. O que pode ser atendido em telemedicina? Consultas médicas, orientações gerais de saúde, acompanhamento de doenças crônicas e avaliação de exames podem ser realizados por telemedicina. Atendimentos em especialidades como clínica geral, cardiologia, psiquiatria, dermatologia e endocrinologia também são frequentemente oferecidos nessa modalidade. A prescrição médica digital e a emissão de atestados médicos estão autorizadas pelo Conselho Federal de Medicina. A telemedicina também permite a realização de triagens para identificar a necessidade de atendimento presencial urgente. Consultas para pacientes em tratamento contínuo, como hipertensão, diabetes e transtornos psicológicos, são adequadas para acompanhamento à distância. Contudo, procedimentos invasivos, exames físicos detalhados ou situações clínicas emergenciais ainda exigem atendimento presencial. Nessas circunstâncias, a telemedicina serve principalmente como forma complementar para a triagem, orientação inicial e agendamento de atendimentos presenciais quando necessários. As teleconsultas podem ser gravadas? A gravação das teleconsultas é permitida desde que haja consentimento prévio e explícito dos pacientes envolvidos. Essa autorização deve ser formalizada em termo específico assinado pelo paciente antes do início da consulta. A gravação precisa ser armazenada de forma segura, garantindo a privacidade e confidencialidade das informações conforme determina a LGPD. A utilização de plataformas adequadas é necessária para assegurar o armazenamento seguro e protegido das gravações. Estas ferramentas devem utilizar criptografia e armazenamento em nuvem, mantendo os dados acessíveis apenas aos profissionais autorizados. Cumprir essas normas garante segurança jurídica e protege profissionais e pacientes durante todo o processo de atendimento por telemedicina. Leia mais sobre as vantagens e os cuidados necessários para os Sistemas para Teleconsulta. Quais são os benefícios da telemedicina? A telemedicina amplia o acesso à saúde e melhora a eficiência na prestação de serviços médicos. As clínicas e hospitais reduzem custos, otimizam recursos e ampliam a capacidade de atendimento sem grandes mudanças estruturais. O modelo também permite o monitoramento contínuo de pacientes, melhora a troca de informações médicas e facilita a colaboração entre profissionais, contribuindo para um cuidado mais ágil e coordenado. Aumento no acesso aos serviços de saúde Entre 2023 e 2024, a Rede Brasileira de Telessaúde, coordenada pelo Ministério da Saúde, realizou cerca de 4,6 milhões de teleatendimentos, incluindo teleconsultas, telediagnósticos, emissão de laudos a distância e teleconsultorias entre profissionais. Ainda segundo o Ministério, na Atenção Especializada, o número de consultas cresceu 99,8% entre 2022 e 2024, passando de 679 mil para mais de 1 milhão de atendimentos — superando, inclusive, os números registrados em 2021, durante a pandemia. As regiões rurais ou periféricas têm mais dificuldade em atrair médicos e especialistas presencialmente. Com consultas remotas, clínicas dessas localidades oferecem atendimento especializado sem necessidade de deslocamento dos pacientes, permitindo tratar casos que antes ficariam sem diagnóstico adequado. Redução de custos para instituições de saúde Teleconsultas geram economia para clínicas ao diminuir gastos com infraestrutura, como espaços financeiros e equipamentos médicos. Também cobre despesas relacionadas ao deslocamento de pacientes e médicos, especialmente em regiões afastadas ou com logística limitada. A telemedicina permite que os profissionais atendam mais pacientes no mesmo período, aumentando a eficiência das equipes. Dessa forma, as clínicas podem ampliar a capacidade de atendimento sem ampliar fisicamente suas instalações. A economia obtida permite reinvestir recursos em melhorias técnicas, treinamento de equipes ou aquisição de tecnologias adicionais. Melhoria no monitoramento de doenças crônicas Consultas online facilitam o acompanhamento contínuo de pacientes com doenças crônicas, proporcionando avaliações regulares e ajustes rápidos nos tratamentos. No Brasil, as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs) são responsáveis por cerca de 1,8 milhão de internações anuais no Sistema Único de Saúde (SUS). A telemedicina reduz a necessidade de deslocamentos frequentes, especialmente para pacientes com mobilidade limitada ou residentes em áreas remotas. Essa proximidade virtual entre médicos e pacientes permite a identificação precoce de complicações, contribuindo para a diminuição de internações hospitalares. Com um acompanhamento mais eficaz, clínicas e hospitais podem melhorar indicadores de saúde, como controle glicêmico, pressão arterial e adesão aos tratamentos prescritos. Integração ágil de informações médicas A telemedicina facilita o compartilhamento rápido de informações clínicas por meio de sistemas digitais, permitindo que profissionais de saúde acessem prontuários eletrônicos de forma imediata. Essa agilidade reduz a ocorrência de erros médicos e melhora a comunicação entre as equipes responsáveis pelos tratamentos. No Brasil, a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) exemplifica essa integração, permitindo a interoperabilidade de dados de saúde entre diferentes estabelecimentos e órgãos gestores. A digitalização dos prontuários permite o armazenamento e o acesso em tempo real às informações dos pacientes, melhorando a continuidade dos tratamentos e a cooperação entre profissionais de saúde. Conheça os desafios e as soluções da telemedicina para profissionais da saúde no Brasil Como escolher uma plataforma de Telemedicina segura? Com o crescimento da telemedicina, surgiram muitas plataformas disponíveis no mercado brasileiro. Escolher uma plataforma segura exige atenção a aspectos técnicos, legais e práticos. Conheça algumas dicas úteis para tomar essa decisão com segurança. Segurança e proteção de dados Uma plataforma segura segue a LGPD e mantém informações criptografadas. Verifique se ela possui certificações de segurança, como ISO 27001, que garantem padrões rigorosos. Consulte a política de privacidade e confirme que o sistema utiliza métodos seguros para armazenar prontuários e informações sigilosas dos pacientes. Aprovação e conformidade legal A plataforma escolhida precisa estar regulamentada e autorizada por órgãos competentes, como o CFM. Certifique-se de que a ferramenta está cadastrada corretamente no órgão regulador regional, garantindo a conformidade com as normas do Ministério da Saúde e legislações vigentes. Recursos e funcionalidades essenciais Liste quais necessidades são prioritárias na sua clínica, como prontuários eletrônicos integrados, prescrição digital e emissão de atestados médicos. Escolha uma plataforma que ofereça ferramentas completas para realização de consultas por vídeo, chat e envio seguro de documentos. Suporte técnico A disponibilidade de suporte técnico rápido facilita o uso diário do sistema. Opte por empresas que forneçam assistência permanente, especialmente durante horários de maior fluxo. Um suporte ágil melhora a experiência dos pacientes e ajuda médicos a resolverem problemas técnicos sem interrupções. Usabilidade e experiência do paciente Pacientes valorizam plataformas intuitivas, que oferecem facilidade no agendamento e acesso rápido às consultas. Escolha ferramentas com interfaces simples, navegação clara e acessíveis por computador ou celular. Uma experiência agradável e segura contribui diretamente para maior adesão e satisfação dos pacientes. A telemedicina segue evoluindo e se tornando parte do cotidiano das instituições de saúde, permitindo atendimentos mais acessíveis, seguros e eficientes. O impacto positivo dessa abordagem se reflete na otimização de recursos, na melhoria do acompanhamento de pacientes e na integração de informações médicas. Para aprofundar a discussão sobre os desafios da transformação digital na saúde, confira o episódio do nosso podcast: Odesafio da transformação digital na saúde pública. Sobre a Pixeon Pixeon é a empresa brasileira com um dos maiores portfólios de softwares para o mercado de saúde. Nossas soluções atendem hospitais, clínicas, laboratórios e centros de diagnóstico por imagem, tanto em gestão (HIS, CIS, RIS e LIS), quanto no processo diagnóstico (PACS e Interfaceamento laboratorial), garantindo mais desempenho e gestão de alta performance em instituições de saúde. O software HIS/CIS para hospitais e clínicas, Pixeon Smart, é completo e integra toda a instituição em um só sistema, além de ser certificado no mais elevado nível de maturidade digital pela SBIS (Sociedade Brasileira de Informática em Saúde). Já são mais de 3 mil clientes no Brasil, Argentina, Uruguai e Colômbia e milhões de pacientes atendidos anualmente por meio das nossas plataformas. Quer saber se as tecnologias da Pixeon fazem tudo que você sempre quis para o seu hospital ou clínica? Solicite um contato comercial e surpreenda-se com tudo que nosso sistema de gestão é capaz! 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