A digitalização na saúde diz respeito ao uso de tecnologias para melhorar a eficiência, qualidade e acessibilidade dos serviços de saúde.
Essa transformação visa dentre outras coisas, otimizar processos, aumentar a segurança do armazenamento dos dados e aprimorar a experiência do paciente.
No Brasil, a adoção de soluções digitais na saúde vem expandindo gradualmente, impulsionada pela necessidade de modernização no setor.
Pensando nisso, queremos te apresentar algumas ferramentas essenciais para otimizar a gestão de hospitais. Boa leitura!
Digitalização na saúde do Brasil
Nos últimos anos, o Brasil tem avançado significativamente em direção à digitalização da saúde. A pandemia acelerou essa transição, com a telemedicina ganhando destaque e o uso de prontuários eletrônicos tem se tornando cada vez mais comum.
A pesquisa TIC Saúde mostra que entre 2022 e 2023, a visualização de prontuários subiu de 8% para 18%.
O crescimento também é observado na marcação online de exames, que aumentou de 11% para 19% e no agendamento de consultas pela internet, que subiu de 13% para 34%. No entanto, ainda há muito espaço para crescimento.
O documento do Ministério da Saúde sobre Estratégia de Saúde Digital para o Brasil prevê que, até 2028, a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), parte do Programa Conecte SUS, estará estabelecida e reconhecida como a plataforma digital de inovação, informação e serviços de saúde para todo o país.
Desafios da digitalização na saúde
Apesar bons avanços, a digitalização na saúde no Brasil ainda enfrenta vários desafios que vem sendo superados. Um dos principais obstáculos ainda é a resistência cultural à mudança.
Muitos profissionais de saúde estão acostumados a processos tradicionais e podem hesitar em adotar novas tecnologias.
Além disso, a falta de infraestrutura adequada em algumas regiões do país impede a implementação de soluções digitais.
A pesquisa TIC Saúde, citada acima, mostra que os sistemas eletrônicos para registro de informação dos pacientes apresentam disparidades regionais.
Enquanto as regiões Norte (85%) e Nordeste (83%) tiveram menores percentuais de estabelecimentos de saúde utilizando sistemas eletrônicos, a região Sul se apresentou como aquela com maior uso (93%).
Outro desafio significativo é a proteção de dados sensíveis.
Com o aumento da digitalização, a segurança da informação se torna ainda mais crítica, especialmente com as exigências da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Baixe agora: [Infográfico] LGPD na saúde: como tratar os dados sensíveis dos pacientes?
9 ferramentas para otimizar a gestão hospitalar e agilizar a digitalização na saúde
Abaixo, apresentamos nove ferramentas que podem ajudar a otimizar a gestão hospitalar e facilitar o processo de digitalização na saúde:
1. Plataformas de Inteligência Artificial (IA) para análise de dados hospitalares
As plataformas com IA conseguem analisar grandes volumes de dados hospitalares para identificar padrões, apontar tendências e auxiliar na tomada de decisões.
Essas ferramentas indicam, inclusive, a necessidade de novos recursos e medicamentos, tornando o setor de compras hospitalares mais eficiente e assertivo.
2. Sistemas de interoperabilidade avançada para integração de dados
A interoperabilidade permite que diferentes plataformas e dispositivos médicos troquem informações de maneira eficaz, garantindo que todos os profissionais de saúde tenham acesso aos dados mais atualizados dos pacientes.
Na prática, isso melhora os cuidados médicos, reduz o risco de erros e favorece a manutenção do histórico das informações dos pacientes.
3. Blockchain para segurança de dados em hospitais
O blockchain permite aumentar a segurança do armazenamento dos dados dos pacientes, garantindo que as trocas de informações sejam seguras e imutáveis.
O que é indispensável especialmente importante para proteger informações sensíveis e garantir a conformidade com a LGPD.
4. Ferramentas de telemedicina integradas à gestão hospitalar
As ferramentas de telemedicina permitem que os hospitais ofereçam consultas remotas, facilitando o acesso dos pacientes aos serviços de saúde.
A integração com sistemas de gestão hospitalar assegura que todos os atendimentos sejam registrados e monitorados adequadamente.
5. Sistemas de gerenciamento de IoT
A Internet das Coisas (IoT) é utilizada em dispositivos para monitorar os sinais vitais e as condições dos pacientes em tempo real.
O intuito é aumentar a eficiência operacional e permitir intervenções rápidas quando necessário.
6. Softwares de Business Intelligence (BI) personalizados para hospitais
Coletar os dados é tão importante quanto os analisar. Os softwares de BI ajudam nesta visualização, permitindo que os gestores hospitalares tomem decisões baseadas em informações concretas.
Com dashboards personalizados, é possível monitorar indicadores de desempenho em tempo real e realizar ajustes mais rapidamente.
7. Aplicações de machine learning
As aplicações a partir de Machine Learning contribuem para identificação de padrões e dos pontos de melhoria das rotinas e dos processos do hospital.
O aprendizado de máquina também favorece a automatização, ao passo que os sistemas inteligentes conseguem realizar determinadas tarefas por meio da análise de dados. Assim, há uma melhora na qualidade do atendimento e na otimização de recursos.
8. Prontuário eletrônico
O Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) é uma ferramenta essencial na digitalização da saúde.
Este recurso permite que os profissionais registrem e acessem informações dos pacientes de maneira online, rápida e eficiente, melhorando a qualidade do atendimento.
9. Sistemas de gestão
Os sistemas de gestão hospitalar são fundamentais para a organização e eficiência operacional. Essas ferramentas centralizam informações, facilitam a comunicação entre equipes e ajudam a manter o controle sobre processos financeiros, de atendimento e de estoque.
Continue se aprofundando no tema e descubra como a tecnologia impacta as instituições de saúde conferindo este videocast completo sobre: Como a tecnologia na saúde contribui para a melhoria da experiência do paciente nas instituições?
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