Entre os principais desafios do setor de saúde, estão as dificuldades de implantar sistemas que atendam de maneira satisfatória as demandas da instituição, a necessidade de análises avançadas de indicadores para apoiar a tomada de decisões estratégicas e o controle sobre os dados. No entanto, para todas estas questões a saída é uma só: inovação em saúde.
A relação com a tecnologia tem proporcionado resultados substanciais no desenvolvimento de soluções avançadas para atendimento, diagnóstico e tratamento de pacientes, sem perder a proximidade com as pessoas. Por isso, a tendência é o crescimento do investimento em tecnologias para melhorar processos, aumentar a produtividade do corpo clínico e melhorar o cuidado com o paciente.
Mas quais soluções são essas? Acompanhe este post e saiba quais são as principais novidades na saúde.
Inovação em saúde e transformação digital são dois processos interdependentes que impulsionam instituições médicas a uma nova cultura organizacional, mais visionária, ágil, empática e centrada na experiência das pessoas.
Hospitais, clínicas e laboratórios inovadores, têm implantado tecnologias para beneficiar médicos, gestores e pacientes. Com isso, há um controle maior dos dados — o que favorece a tomada de decisões, identificação de erros e desenvolvimento de novas soluções —, aumento de produtividade — principalmente com uso de sistemas integrados —, redução de custos e do desperdício de materiais.
A seguir, conheça as principais tecnologias que devem se consolidar no mercado de saúde nos próximos anos.
O conceito de hospital 4.0 tem uma relação direta com o grau de transformação digital de uma instituição, pois se refere à implantação de novas práticas para otimizar processos, a produtividade e o atendimento. E isso envolve todo o ecossistema, desde o primeiro contato com o paciente para o agendamento de uma consulta, até o controle do estoque da farmácia.
Saiba mais: Como organizar a farmácia hospitalar com um sistema para armários
A conectividade é fundamental nesse movimento, pois permite gerar dados sobre diversas atividades e setores da instituição, como rupturas de estoque, gestão de filas e leitos vazios. A tecnologia é capaz de identificar e mensurar esses dados para então disponibilizar índices em tempo real, o que contribui para a solução rápida de problemas e tomada de decisões.
As tecnologias também ajudam a reduzir custos e atendimentos presenciais de baixa complexidade. Em muitos casos, os pacientes resolvem suas questões apenas com a prescrição de um medicamento. Nesses casos, uma teleconsulta é suficiente e evita o deslocamento até uma unidade de atendimento, que pode se dedicar a situações mais complexas.
Confira o Webinar “Hospital 4.0”, com Gustavo Araújo, co-fundador da Distrito, e entenda melhor essa tendência!
Devido a pandemia do novo coronavírus e a necessidade de medidas para prevenir a aglomeração em hospitais e centros de saúde, o Governo Federal publicou a Portaria nº 467 para regulamentar, em caráter excepcional e temporário, as ações de telemedicina. O documento autoriza a teleorientação, o telemonitoramento e a teleconsulta.
A expectativa, diante dos diversos benefícios proporcionados para gestores, profissionais e pacientes, é que o modelo de teleconsulta seja mantido após o fim da pandemia.
A tecnologia permite uma chamada de vídeo entre paciente e médico, e quando integrada a outros sistemas, como Prontuário Eletrônico do Paciente e Prescrição Eletrônica, torna o atendimento ainda mais eficiente e seguro.
Confira: PEP Prontuário Eletrônico para clínicas: vantagens e aplicações
A solução ainda evita que o paciente recorra ao hospital para tratar questões que não são graves. Mesmo em algumas situações mais complexas, o paciente pode ser liberado para o telemonitoramento desde que não haja riscos de complicações sérias. Os profissionais fazem o acompanhamento por meio de dispositivos inteligentes, como wearables, que registram batimentos cardíacos e níveis de pressão arterial.
Assista ao vídeo abaixo e veja como a teleconsulta funciona na prática.
Como principais benefícios da solução para as instituições, podemos citar a flexibilidade na agenda do médico — que pode adotar um modelo híbrido, isto é, consultas presenciais e remotas — economia de tempo e redução de deslocamentos e maior segurança nos atendimentos, pois todos os dados são armazenados e protegidos.
Leia também: Sistema para teleconsulta: vantagens e cuidados necessários
Quando a cultura de inovação é consolidada numa instituição, seus profissionais devem permanecer atentos para adotar novas soluções e criar modelos para melhorar suas rotinas, tornando-as mais rápidas e eficientes, principalmente os atendimentos. No entanto, para que isso seja possível, é importante contar com ferramentas tecnológicas no apoio à decisão clínica.
O apoio à tomada de decisão clínica tem como objetivo melhorar as escolhas e ações realizadas, respaldadas em conhecimento clínico organizado — baseado em evidências —, para que erros sejam reduzidos e os pacientes tenham uma melhor experiência.
Essa é uma questão sensível para hospitais e clínicas, pois envolve a vida de alguém. Portanto, um médico deve ter condições de elaborar diagnósticos, indicar tratamentos e medicamentos com a maior precisão possível. Dessa forma, as evidências devem ser elaboradas com base em pesquisas, estudos, análises, protocolos e dados clínicos, e centralizadas em ferramentas digitais que possam ser acessadas por médicos e pacientes.
Saiba mais: Como o conhecimento científico apoia a decisão clínica
Vantagens das plataformas de apoio à decisão clínica
Na radiologia, por exemplo, algumas integrações com o PACS permitem que o profissional acesse em tempo real dados clínicos e conhecimentos de vários especialistas renomados na área, o que propicia o aumento da acurácia em suas atividades.
Quer saber mais sobre o assunto? Confira também: Como as plataformas de apoio à decisão clínica contribuem com a cultura de inovação?
A Inteligência Artificial é uma tecnologia do presente e provavelmente você já interagiu com ela, talvez até no agendamento de uma consulta. Os chatbots, que atendem clientes rapidamente, solicitam dados, marcam consultas, exames, e fazem a triagem antes da pessoa cair num atendente humano. Isso pode dar uma ideia de como a IA atua nessa atividade.
No entanto, a IA é uma tecnologia muito mais robusta e oferece recursos ilimitados devido ao machine learning e a computação cognitiva que a compõem. Por isso, a vemos auxiliando cirurgias, organizando os workflows de trabalho, pré-diagnósticos e outras tarefas que têm proporcionado economia, redução de erros e melhorias na recuperação do paciente.
A IA também permite que as instituições de saúde reduzam gargalos de atendimento, realizando pré-atendimento por meio de assistentes virtuais. Esse é o exemplo da Pixeon Lumia, que, entre outros recursos, viabiliza o atendimento prévio ao paciente.
A assistente virtual automatiza o atendimento e solicita informações ao paciente, como nome, número de CPF, tipo de serviço desejado, se é consulta particular ou por convênio, qual unidade quer ser atendido e outras informações.
Além disso, o paciente pode enviar mensagem por voz ou texto, em linguagem natural ou até com erros, e ainda assim a IA é capaz de reconhecer e responder de forma humanizada. Outro recurso avançado da IA é a sugestão de diagnósticos a partir dos sintomas relatados, indicando protocolos médicos para apoiar os profissionais.
Veja: Lumia: como a inteligência artificial transforma a experiência dos pacientes.
Ao contrário do que muitos acreditam, o atendimento com inteligência artificial não se torna menos humanizado, pelo contrário. A tecnologia é tão eficiente, que o paciente dificilmente se dá conta de que está conversando com uma máquina.
Aliás, não é necessário responder precisamente a cada questionamento feito pela IA. A solução, ao perguntar qual o convênio a ser utilizado, pode rapidamente identificá-lo mesmo numa resposta longa ou que não expresse somente o nome do plano de saúde, por exemplo.
A IA acaba se tornando uma aliada da instituição e do seu corpo clínico, pois os profissionais ganham mais tempo livre para dar toda a atenção e os cuidados que os pacientes requerem.
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