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Como ficam os hospitais no mercado healthcare brasileiro?

Por Luciano Sarturi em 30 de maio de 2017

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O mercado healthcare precisa de simplificação. A tecnologia irá aproximar as pessoas da cura. As frases, sobre a complexidade dos processos no Brasil e tendência de segmento, foi dita por Romaine Seguin, da UPS Americas Region, em 2016. Na ocasião, a presidente da empresa de transporte e logística, falava sobre a burocracia e falta de objetividade nos processos do mercado de saúde, da necessidade de maior infraestrutura e regulamentação, além da difusão da tecnologia, que hoje ainda é muito temida pelos profissionais. O principal medo, segundo Seguin, é que as ferramentas tecnológicas substituam os empregos.

 

É neste cenário que o mercado de healthcare começa a perceber a insuficiência de determinados recursos, fundamentais para que a saúde no Brasil não fique para trás ou, pior ainda, fique estagnada. Dentro do segmento de hospitais, um dos temas que têm surgido como uma luz neste impasse são as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). Bastante discutidas em outras áreas, como a educação, as TICs têm se mostrado uma solução inevitável para colocar o mercado healthcare brasileiro no caminho do futuro.

 

Quando se pensa na gestão hospitalar em uma instituição de grande porte, o que se vê, num olhar leigo, é um emaranhado de procedimentos que fazem parte de uma imensidão de guarda-chuvas de processos. E realmente é o que parece ser muitas vezes a realidade de alguns lugares. É exatamente para evitar que existam demandas muito maiores do que mãos para gerenciá-las, que as TICs têm trabalhado no mercado healthcare. A implantação desse tipo de projeto possibilita um progresso que passa por vários setores dentro do hospital, desde a infraestrutura e TI até os médicos. Com isso, o administrador conseguirá visualizar com mais clareza questões fundamentais para o dia a dia: faturamento, estoque, compras até a parte assistencial. Explicaremos melhor a seguir.

 

De acordo com o Prof. Dr. Marcos Augusto Schmeil, no artigo “Saúde e Tecnologia da Informação e Comunicação”, as TICs podem ser entendidas como a combinação das habilidades humanas com a possibilidade da tecnologia dentro de metodologias com base computacional, em que se pretende obter eficácia e competitividade. Para isso, é fundamental: infraestrutura, conectividade e disponibilidade de cada agente e elemento. O Dr. Schmeil ainda divide a abordagem dentro da saúde em três capacidades máximas: processamento de dados, armazenar e recuperar dados e, por fim, transportar os dados de um ponto ao outro, ou seja, a comunicação.

 

PEP: apenas o começo de uma administração simplificada

 

Com foco nos hospitais, um dos primeiros exemplos de TIC que podem ser citados é a utilização dos Prontuários Eletrônicos do Paciente (PEP). Anteriormente, abordamos no Blog da Pixeon sobre o tema, no artigo “10 vantagens do uso do Prontuário Eletrônico – PEP”. De forma geral, podemos resumir os benefícios em: manutenção de dados do paciente por tempo indeterminado; segurança na manutenção e resguardo das informações do paciente; o sigilo dos dados é mantido por meio do acesso limitado; possibilidade da assinar de forma eletrônica ou anexar observações.

 

Embora o PEP já venha sendo discutido e implementado há determinado tempo nos hospitais, ainda é um tema atual e faz parte do que é considerado em TICs para o mercado healthcare. Contudo, para que isso aconteça e que se possa dar um passo adiante nas tendências e tecnologias que apresentaremos adiante, é preciso alguns pré-requisitos: sistemas utilizados da forma correta, infraestrutura de TI adequada para receber as informações, tratamento adequado dos dados até a geração de informações e inteligência médica. Por isso, monitorar e alimentar o PEP é apenas o início de uma estrutura muito maior para a gestão hospitalar.

 

No artigo “A gestão de Tecnologia da Informação nos hospitais” publicado no portal TI inside online services, há uma verdade óbvia, mas que precisa ser reforçada: as informações que são geradas dentro do hospital precisam ser exatas e verdadeiras. Uma “má informação” não apenas prejudica os gestores, como pode gerar consequências negativas de grandes proporções. O fato é que a credibilidade é essencial no mercado healthcare. É com a tecnologia que o gestor poderá fazer com que todos os procedimentos caminhem num mesmo padrão e possam contribuir de fato com a sua função dentro da instituição. Porém, para isso, o artigo cita ainda a necessidade de: qualificação de colaboradores e equipamentos de qualidade.

 

Levando em consideração os dois fatores acima, é comum que hospitais menores fiquem receosos com o investimento em tecnologia e preferem apostar seus planejamentos em cima da área assistencial. Por sua vez, no mercado healthcare, o investimento acaba se pagando em pouco tempo, por conta dos benefícios de médio e longo prazo. A própria tecnologia se tornará uma das maiores colaboradoras do atendimento médico. A alimentação correta de uma tecnologia como o PEP gerará dados que impactarão toda a administração financeira. Pensando de forma geral, o investimento em tecnologia impactará positivamente em duas áreas: faturamento e assistência médica.

 

No faturamento, os administradores ganharam tempo para processar dados corretos que permitirão controlar de forma mais assertiva todo o setor financeiro, diminuindo, inclusive a glosa hospitalar. Por outro lado, as possibilidades de combinar sistemas e ferramentas permitem que os médicos e profissionais da saúde ultrapassem os limites do entendimento das suas funções. Com dados em mãos, não só as pesquisas, mas diagnósticos se tornam mais rápidos. Distribuir conhecimento e compartilhar informação resulta em produtividade. Algo que o mercado healthcare pode proporcionar aos gestores hospitalares. Para finalizar a análise atual, pense no PEP em conjunto com a administração beira-leito, o levantamento de dados clínicos pode gerar benefícios como a própria validação da medicação. Agora, vamos falar do futuro?

 

Falando em glosa, temos um material bastante completo sobre o assunto. Acesse o e-book Glosa: o maior desafio das instituições de saúde.


Tendências do
mercado healthcare no Brasil

 

O termo “Telemedicina” tem sido bastante utilizado para descrever sobre tendências do mercado de healthcare no Brasil que estão se tornando realidade. A “Telemedicina” está sendo impulsionada por uma série de fatores: conexões de internet alcançando lugares mais remotos, conexões via rádio e fibra óptica. São evoluções tecnológicas que embora não tenham nascido dentro da área da saúde, estão possibilitando que equipes médicas alcancem os pacientes que estão em outras regiões geográficas, geralmente mais afastadas e com pouco ou nenhuma assistência hospitalar.

 

A Telemedicina tem se expandido também para a realização de treinamentos de equipes de municípios mais afastados, trazendo novamente a combinação das TICs: habilidades humanas e tecnologia trabalhando para um objetivo. No entanto, a “Telemedicina” é apenas uma das aplicações de algo que engloba o uso da tecnologia na saúde de forma mais ampla: a “Telessaúde”. É justamente dentro do uso das TICs e da “Telessaúde” que elencamos algumas tendências do mercado healthcare no Brasil. Confira:

 

1 – Portal do paciente: mais do que nunca a gestão da informação e a geração de conhecimento tem ganho força a partir da internet e das ferramentas on-line. Com a popularização do acesso à internet, os pacientes têm se tornados mais ativos dentro do relacionamento médico-paciente. Nos dias de hoje, encontramos pequenas aplicações desta evolução, como o acesso remoto de exames de pacientes e o agendamento on-line. Porém, os portais do paciente também têm o objetivo de humanizar ainda mais o atendimento, permitindo que o paciente tenha acesso ao médico.

 

Com a possibilidade de tirar dúvidas on-line, os portais reduzem número de consultas e promovem educação em saúde para o paciente. Além disso, há uma melhora na comunicação, acesso rápido de informações importantes remotas e diagnósticos e tomadas de decisão com maior produtividade e mais eficiência.

 

2 – Interoperabilidade do prontuário: assim como os humanos se comunicam e conseguem fazer isso por meio da tecnologia, o mesmo consegue ser feito com os dados. A interoperabilidade do prontuário está relacionada com a capacidade do sistema se comunicar com outro sistema de forma transparente. Ou seja, é uma tecnologia que permite que os dados coletados por meio dos equipamentos de um hospital possam ser compartilhados com outros, mantendo, é claro, o sigilo e todos os direitos do paciente. Tudo estará compartilhado na nuvem. Para que isso aconteça, o empecilho está na conscientização das instituições de abrirem as informações que possuem. Com isso, as possibilidades, como veremos, serão inúmeras.

 

3 – Big data: outro termo que tem sido visto em mais de uma área, seja pública ou privada. É exatamente por se tratar de uma coleta e transformação cada vez maior de dados em informação que é tão importante que diversos segmentos estejam conectados e em cruzamento constante. Os dados, sem dúvida, falam muito sobre cada pessoa. Porém, para que isso vá adiante de um pequeno grão de areia e se transforme em algo maior, como uma informação fundamental para uma tomada de decisão de um administrador, médico ou qualquer outro profissional, os dados precisam ser acessados e cruzados entre si.

 

Há uma grande quantidade de dados no mundo, muitos deles são abertos e outros estão escondidos dentro da própria instituição, sem serem utilizados de forma inteligente. Com o portal do paciente e interoperabilidade do prontuário, o big data se torna cada vez mais real dentro do mercado healthcare brasileiro.

 

Como você vê o futuro do mercado healthcare brasileiro? Deixe a sua opinião ou dúvidas nos comentários abaixo. Vamos debater sobre o assunto!

 

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