Entenda os principais desafios dos hospitais e do mercado e saiba como superá-los com o uso de tecnologia na saúde.
O cenário da saúde no Brasil é extremamente desafiador. Com a crise econômica e o desemprego registrado nos últimos anos, mais de 3 milhões de pessoas perderam o acesso aos planos de saúde privados.
Ainda assim, de acordo com o Mapa Assistencial da Saúde Suplementar divulgado em julho de 2019, os beneficiários dos planos de saúde realizaram 1,57 bilhão de procedimentos como consultas, exames e internações no ano de 2018.
O número representa um aumento de 4,1% em relação ao total de procedimentos realizados em 2017 (1,51 bilhão). O crescimento, ainda tímido, aponta para a necessidade de investimento em tecnologia na saúde para otimização de recursos e qualificação no atendimento.
Um dos grandes problemas nas instituições de saúde em todo o mundo é a ocorrência de erros médicos. O 2º Anuário da Segurança Assistencial Hospitalar, publicado pelo Instituto de Pesquisa FELUMA (Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais) e pelo IESS (Instituto de Estudos de Saúde Complementar), indica que a cada hora, seis pessoas morrem por “eventos adversos”, ou seja, erros médicos, infecções ou falhas de assistência, em organizações públicas e privadas no Brasil.
Entre os eventos adversos registrados estão:
– complicações cirúrgicas;
– erros na prescrição de medicamentos;
– infecções, doenças pulmonares e outros.
De acordo com a reportagem publicada pela Revista Galileu, das 54.769 mortes registradas por eventos adversos, 36.174 poderiam ter sido evitadas em 2017. O estudo levou em consideração uma amostra de 445.671 pessoas na rede pública e privada.
Tais dados podem afetar a imagem das organizações e comprometer o atendimento dos pacientes. Por esse motivo, é fundamental investir em soluções que aumentem a segurança dos procedimentos médicos e ainda possam aperfeiçoar a gestão das instituições de saúde.
Atrelado aos erros médicos, outro grande problema no segmento é a gestão financeira. Estima-se que o custo com a ocorrência dos eventos adversos na saúde suplementar em 2018 foi de R$ 10,61 bilhões, enquanto os custos em eventos adversos na saúde suplementar chegaram a 1,11 bilhão. Os dados são do Anuário da Segurança Assistencial Hospitalar. Contudo, as perdas financeiras em unidades médicas podem ser ainda maiores, sem gestão e o controle adequado de dados.
Por ano, bilhões de reais são desperdiçados nas organizações de saúde seja pelo vencimento de remédios, pela falta de controle no uso de equipamentos, por glosas ou outros inúmeros problemas. O uso da tecnologia de gestão na saúde pode evitar problemas desse tipo.
Com softwares de gestão de compras hospitalares, por exemplo, há redução de desperdícios e de gastos com o acúmulo e vencimento de estoque. A mesma solução permite gerar relatórios e analisar diferentes dados para aprimorar a gestão financeira.
O uso de um sistema também ajuda a reduzir os riscos de erros em prescrições médicas e facilita a rastreabilidade dos medicamentos – auxiliando no controle e análise dos materiais com maior saída. A ferramenta ainda permite que farmacêutico avalie os medicamentos necessários para o paciente, bem como as dosagens adequadas, bloqueando ainda combinações indevidas para o paciente.
Na gestão da farmácia hospitalar, ainda é possível adotar um sistema de armários para a gestão e dispensação de medicamentos. A ferramenta pode ser integrada ao sistema base de gestão hospitalar, e permite controlar o acesso aos medicamentos e materiais médicos de cada área. Todos os materiais são cadastrados com um código de barras, o que amplia o controle e a segurança, tanto evitar desperdícios quanto erros no momento de retirar o material.
Outra vantagem que contribui para redução de custos nos hospitais, é a dispensação dos itens de acordo com o compartimento. Isto é, não é necessário abrir todo o armário para retirar apenas um item; o sistema de armário permite permite retirar apenas a quantidade prescrita. A ferramenta ainda libera relatórios para controle do estoque e inventário.
Saiba mais sobre o Controle da farmácia hospitalar e Como organizar a farmácia hospitalar com um sistema para armários.
Além da própria gestão, cada vez mais os hospitais deverão oferecer novos serviços, pensando não apenas na cura do paciente, mas na promoção da saúde. Essa é uma das tendências da saúde 4.0 que coloca a experiência dos pacientes no foco do atendimento, ao lado de serviços mais humanizados e até mesmo personalizados. Tudo isso, é claro, torna-se possível com o uso de tecnologias inovadores e sistemas que aperfeiçoam o atendimento, evitando erros e apoiam os profissionais no dia a dia.
Saiba mais sobre humanização na saúde e a transformação digital nos hospitais.
Em paralelo às grandes mudanças nos hospitais impulsionadas pelas novas tecnologias, outros desafios se apresentam, tal como o próprio envelhecimento da população. Até 2060, a estimativa é que 25% dos brasileiros possuam mais de 65 anos, de acordo com o IBGE. Com isso, os serviços públicos e privados devem buscar urgentemente meios de otimizar seus recursos e aprimorar os procedimentos médicos para atender a esse público crescente.
Hoje, existe uma gama de serviços no mercado de healthcare pensadas nessa parte da população, seja com serviços de telemedicina, atendimento em casa ou até mesmo com o uso de aplicativos para otimizar processos como a marcação de consultas. É essencial avaliar quais as maiores demandas da instituição e buscar ferramentas que possam aperfeiçoar o atendimento.
Para superar os desafios apresentados anteriormente, manter a qualidade do atendimento, reduzir gastos e ampliar a eficiência dos procedimento médicos, é fundamental que os gestores invistam em soluções de tecnologia na saúde e apliquem alguns conceitos na realização dos serviços, tais como:
A adoção de tais conceitos e tecnologias na saúde podem transformar o setor, tornando o atendimento aos pacientes mais eficiente, humano, e aprimorando a gestão de recursos públicos e privados.
Acompanhe as publicações do blog da Pixeon e saiba mais sobre tecnologia na saúde e outras inovações para hospitais.
Artigo publicado originalmente em 18 de setembro de 2018.
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