Protocolo de Manchester: como fazer e qual sua importância Por Equipe Pixeon em 29 de dezembro de 2022 O Protocolo de Manchester é um método de triagem testado cientificamente. Desenvolvido na Inglaterra na década de 1990 – daí o nome Manchester – esse processo de triagem logo foi se espalhando pelo mundo devido à sua importância para uma gestão hospitalar humanizada, ágil e eficiente. Trata-se, portanto, de um protocolo essencial para gerenciar os processos internos com qualidade, colaborando também para a promoção da saúde e bem-estar dos pacientes em larga escala. Quer entender melhor como funciona? Continue a leitura e saiba o que a sua instituição precisa fazer para aplicar o Protocolo de Manchester. O que é protocolo de Manchester? O Protocolo de Manchester é hoje em dia o principal método de triagem utilizado nas instituições de saúde. Sua metodologia é bem simples: por meio de um esquema de cores, define-se o grau de prioridade dos atendimentos com base nos sinais vitais dos pacientes e nos sintomas de seu quadro clínico quando ele chega ao hospital. Vale lembrar ainda que a aplicação do Protocolo de Manchester não resulta no diagnóstico dos pacientes. O método faz apenas a triagem dos quadros. A classificação da gravidade dos casos se estabelece por cinco cores, da seguinte maneira: Vermelho Sinaliza os casos de urgência máxima, nos quais existe risco de morte. Nessas situações, o atendimento deve ser imediato. Alguns exemplos incluem: Parada cardiorrespiratória; Crises convulsivas; Queimaduras graves; Traumatismos. Laranja Sinaliza os quadros graves, porém com um grau de urgência menor em comparação à categoria vermelha. O tempo máximo de tolerância para o atendimento é de dez minutos. Alguns exemplos incluem: Suspeitas de AVC e infarto; Cefaleia intensa e de progressão acelerada; Arritmia cardíaca sem sinais de instabilidade; Dores severas. Amarelo Sinaliza casos de gravidade moderada. Embora os pacientes dessa categoria demandem uma avaliação clínica mais detalhada, eles estão em condição de aguardar um tempo maior para o atendimento. O limite definido pelo Protocolo de Manchester é de até 50 minutos. Alguns exemplos incluem: Sinais vitais instáveis; Hemorragias moderadas; Picos de hipertensão arterial; Desmaios. Verde Sinaliza casos menos graves, que não demandam atendimento de urgência. O tempo de espera definido pelo protocolo pode chegar ao limite de duas horas. Em algumas situações, os pacientes poderão ser encaminhados para outras unidades de saúde de modo a evitar superlotação e a otimizar os atendimentos. Alguns exemplos incluem: Febre (com sinais vitais regulares); Hemorragias controladas; Dores leves; Viroses. Azul Sinaliza os quadros clínicos mais simples, que não apresentam risco para a saúde do paciente. Conforme o protocolo, o limite de espera tolerável pode chegar a quatro horas. Alguns exemplos incluem: Dores crônicas diagnosticadas; Aplicação de medicação com receituário; Substituição de sondas ou curativos. Entre as vantagens gerais da aplicação do Protocolo de Manchester, destacamos: Redução nos índices de óbitos; Prevenção do agravamento dos quadros clínicos; Mais satisfação e bem-estar para os pacientes; Alinhamento e produtividade dos profissionais de saúde; Agilidade nos encaminhamos e tratativas; Diminuição das filas e da superlotação; Eficiência e controle na gestão clínica. Falando em gestão clínica, você já conhece a tendência do paperless na saúde? Entenda como as tecnologias estão substituindo a papelada e auxiliando o gestor na redução de custos hospitalares! Como implementar o protocolo de Manchester Fazer um bom treinamento das equipes e contar com os equipamentos necessários são os passos mais importantes para aplicar o Protocolo de Manchester na instituição. No momento da triagem, os profissionais precisam ter em mãos aparelhos como medidor de frequência cardíaca, estetoscópio, termômetro e oxímetro. Além disso, as equipes devem dispor de um estoque completo dos materiais gráficos que vão sinalizar a gravidade dos casos, como pulseiras e adesivos com as cores do protocolo. Também é fundamental que os colaboradores contem com ferramentas digitais que registrem de forma automatizada os dados coletados durante a triagem, a exemplo da frequência cardíaca e da pressão arterial. O trabalho com os prontuários eletrônicos é outro ponto-chave nesse percurso, pois permite que os registros de cada paciente sejam direcionados para o sistema em tempo recorde e sem o risco de falhas humanas. Todos esses recursos trazidos pela transformação digital contribuem para a agilidade nos encaminhamentos e para a eficiência nos diagnósticos, resultando assim em processos hospitalares mais satisfatórios, acolhedores e humanizados. Para saber mais sobre digitalização em processos hospitalares, baixe nosso e-book sobre a Era da Saúde 5.0 e veja quais são as tecnologias indispensáveis nesse contexto! COMPARTILHE Comentários Deixe um comentário Cancelar respostaO seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *Comentário * Nome * E-mail * Site Salvar meus dados neste navegador para a próxima vez que eu comentar. Δ
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