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Protocolo de Manchester: como fazer e qual sua importância

Por Equipe Pixeon em 28 de outubro de 2024

O Protocolo de Manchester é um sistema de triagem hospitalar utilizado para classificar a gravidade dos pacientes em emergências. Criado na década de 1990, na cidade de Manchester, Inglaterra, tem o objetivo de garantir que os casos mais graves tenham prioridade.

Com sua aplicação global, o Protocolo de Manchester se tornou essencial para melhorar o fluxo de atendimento, reduzir o tempo de espera e assegurar cuidados de saúde mais rápidos e eficazes. 

Neste artigo, entenda mais sobre a importância e como implementar o Protocolo de Manchester. Boa leitura! 

O que é protocolo de Manchester?

O Protocolo de Manchester é um sistema padronizado de triagem utilizado em emergências hospitalares para determinar a prioridade de atendimento dos pacientes.

Sua principal característica é a classificação de urgência por meio de um esquema de cores. Elas variam conforme a gravidade dos sintomas apresentados e os sinais vitais do paciente no momento de sua chegada.

O intuito é organizar os atendimentos, garantindo que os casos mais críticos sejam tratados primeiro.  A classificação segue cinco categorias de cores, que indicam diferentes níveis de urgência, variando de emergências que necessitam de atendimento imediato até situações menos graves, que podem aguardar.

A seguir, exploraremos as origens deste protocolo.

Quem criou o Protocolo de Manchester? 

O Protocolo de Manchester foi desenvolvido em 1997 por uma equipe liderada pelo médico de emergência Dr. Kevin Mackway-Jones, no Hospital Manchester Royal Infirmary, na Inglaterra.

Esse foi o primeiro hospital a implementá-lo, que logo se expandiu para outras instituições de saúde ao redor do mundo devido à sua eficiência e simplicidade.

O Protocolo de Manchester é obrigatório? 

Em alguns estados e municípios, o Protocolo de Manchester pode ser obrigatório, mas não existe nenhuma lei federal que exija sua implementação. 

Apesar disso, o Protocolo de Manchester é bastante aplicado em urgências e emergências devido à facilidade para classificação dos casos dos pacientes. O que melhora a gestão dos recursos e do atendimento. 

Para que serve o Protocolo de Manchester? 

Esse sistema visa reduzir o tempo de espera para casos críticos, assegurar o uso adequado dos recursos hospitalares e melhorar a qualidade do atendimento. 

Assim, ao garantir que os casos mais graves sejam priorizados, o protocolo ajuda a salvar vidas e promove uma gestão mais eficiente do fluxo de pacientes em ambientes de alta demanda.

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Quem deve executar o Protocolo de Manchester? 

O Protocolo de Manchester deve ser executado por profissionais de saúde devidamente treinados, como enfermeiros e médicos. 

Toda a equipe, incluindo a recepção, precisa ser capacitada para avaliar os sintomas e sinais vitais dos pacientes de forma precisa, a fim de aplicar corretamente a classificação por cores e garantir o fluxo adequado no atendimento de urgência.

Quais são as vantagens do Protocolo de Manchester? 

O Protocolo de Manchester traz inúmeras vantagens que tornam o atendimento em emergências hospitalares mais ágil e seguro. A seguir, detalhamos os principais benefícios:

1. Priorização eficiente dos atendimentos

Pacientes em estado crítico, que necessitam de intervenção imediata, são identificados rapidamente e atendidos com urgência, enquanto casos menos graves podem aguardar.

Essa triagem garante que vidas sejam salvas ao focar os recursos médicos onde eles são mais necessários.

2. Otimização dos recursos hospitalares

Ao classificar os pacientes, o protocolo permite que os recursos hospitalares – como equipes médicas, equipamentos e leitos – sejam utilizados de maneira mais estratégica.

Desse modo, é possível evitar que o sistema de saúde fique sobrecarregado.

3. Redução do tempo de espera

Com o Protocolo de Manchester, o tempo de espera para os casos mais graves é significativamente reduzido.

Como os pacientes são classificados assim que chegam à emergência, aqueles que precisam de atendimento imediato são identificados e tratados sem demoras desnecessárias. 

5. Melhora na qualidade do atendimento

Com menos casos críticos sendo negligenciados e uma organização mais eficaz dos serviços de saúde, o protocolo contribui diretamente para a segurança do paciente e para a promoção de cuidados de saúde mais assertivos e humanizados.  

Confira: Beira Leito: uma revolução na administração de medicamentos em hospitais

O que significam as cores do protocolo de Manchester? 

No Protocolo de Manchester, as cores são utilizadas para classificar a gravidade do quadro clínico de cada paciente e determinar a urgência do atendimento.

Cada uma representa um nível de prioridade, auxiliando a equipe médica a decidir quem precisa ser atendido imediatamente e quem pode esperar. 

Quais são as cores do protocolo de Manchester? 

O Protocolo de Manchester utiliza um sistema de cinco cores para classificar a gravidade dos pacientes, facilitando a triagem e priorização no atendimento. 

A seguir, estão as cores e seus significados:

Vermelho: atendimento emergencial

Sinaliza os casos de URGÊNCIA MÁXIMA, nos quais existe risco de morte. Nessas situações, o atendimento deve ser imediato. Alguns exemplos são: 

  • Parada cardiorrespiratória;
  • Crises convulsivas;
  • Queimaduras graves;
  • Traumatismos.

Laranja: atendimento muito urgente

Sinaliza os quadros graves, porém com um grau de URGÊNCIA MENOR em comparação à categoria vermelha. O tempo máximo de tolerância para o atendimento é de dez minutos. 

Exemplos: 

  • Suspeitas de AVC e infarto;
  • Cefaleia intensa e de progressão acelerada;
  • Arritmia cardíaca sem sinais de instabilidade;
  • Dores severas.

Amarelo: atendimento urgente

Sinaliza casos de GRAVIDADE MODERADA. Embora os pacientes dessa categoria demandem uma avaliação clínica mais detalhada, eles estão em condição de aguardar um tempo maior para o atendimento.  O limite definido pelo Protocolo de Manchester é de até 50 minutos.

Exemplos:

  • Sinais vitais instáveis; 
  • Hemorragias moderadas;
  • Picos de hipertensão arterial;
  • Desmaios.

Verde: pouco urgente

Sinaliza casos MENOS GRAVES, que não demandam atendimento de urgência. O tempo de espera definido pelo protocolo pode chegar ao limite de duas horas.

Em algumas situações, os pacientes poderão ser encaminhados para outras unidades de saúde de modo a evitar superlotação e a otimizar os atendimentos. 

Exemplos: 

  • Febre (com sinais vitais regulares);
  • Hemorragias controladas;
  • Dores leves;
  • Viroses.

Azul: atendimento não urgente

Sinaliza os quadros clínicos MAIS SIMPLES, que não apresentam risco para a saúde do paciente. Conforme o protocolo, o limite de espera tolerável pode chegar a quatro horas.

Exemplos: 

  • Dores crônicas diagnosticadas;
  • Aplicação de medicação com receituário;
  • Substituição de sondas ou curativos.

Como implementar o Protocolo de Manchester nas clínicas ou hospitais?

A implementação eficaz do Protocolo de Manchester exige organização e priorização. É preciso criar uma estrutura para oferecer os recursos necessários em tempo hábil para os profissionais de saúde. 

Selecionamos algumas orientações importantes para este processo:

1. Treinamento da equipe

O primeiro passo para a implementação do Protocolo de Manchester é garantir o treinamento de toda a equipe de saúde. 

É importante ressaltar a identificação de sintomas, uso correto das cores e uma boa comunicação entre os membros da equipe, principalmente de outros setores, como a recepção.

Também é interessante ressaltar que os treinamentos sejam realizados periodicamente.

2. Disponibilidade de equipamentos adequados

Os profissionais de saúde precisam ter acesso a equipamentos adequados durante a triagem como medidores de pressão arterial, oxímetros, estetoscópios e termômetros.

A regularidade na calibração e manutenção desses equipamentos também é necessária para garantir medições precisas e confiáveis.

Portanto, todos devem estar disponíveis para o uso imediato. Dessa forma, é indispensável também ajustar o espaço físico para otimizar o fluxo.

3. Materiais gráficos de sinalização

A utilização de materiais gráficos que sinalizem a gravidade dos casos é essencial.

Para isso, pode-se utilizar pulseiras e adesivos nas cores do Protocolo de Manchester, que ajudam na identificação rápida da classificação dos pacientes. 

Também deve-se colocar placas pela instituição sobre essa classificação, facilitando o entendimento por parte de pacientes e acompanhantes. 

4. Integração de ferramentas digitais

A adoção de ferramentas digitais é fundamental para otimizar a coleta e registro dos dados, agilizando a classificação por meio do Protocolo de Manchester.

Esses sistemas devem ser integrados entre si, de modo a facilitar as análises, assim, a instituição ganha em produtividade e tem menos chances de erros de manuais. 

5. Monitoramento e avaliação contínua

Para saber se a classificação por meio do Protocolo de Manchester é assertiva ou não, os gestores devem avaliar as equipes e coletar feedbacks dos pacientes sobre o atendimento da instituição.

Com isso, é possível identificar pontos de melhoria na aplicação do Protocolo de Manchester, o que é importante para aprimorar o processo de classificação .

Vale ressaltar que essas análises também favorecem a identificação de outras questões relacionadas às operações da instituição. 

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