Código de Ética Médica: cuidados essenciais na atuação digital

Equipe Pixeon - 4 de julho de 2025

A prática médica por meio da telemedicina levanta questionamentos éticos importantes relacionados à privacidade, segurança do paciente e responsabilidade profissional.

Entender as normas que regem essa modalidade é necessário para um atendimento confiável e alinhado às exigências legais vigentes. Indo além da telemedicina, temos também a atuação crescente dos profissionais médicos nos canais digitais de comunicação, com destaque para as redes sociais.

Neste contexto, é indispensável entender as boas práticas de posicionamento nestes meios.

Neste artigo, abordamos as principais práticas necessárias para garantir privacidade, respeito ao paciente e segurança jurídica durante consultas à distância. Confira!

Código de Ética Médica: princípios da atuação digital dos profissionais de saúde

A transformação digital mudou profundamente a maneira como os médicos interagem com seus pacientes. Essa nova realidade exigiu adaptações importantes na aplicação do Código de Ética Médica

Conheça os princípios que devem orientar a atuação médica no ambiente digital, no que diz respeito à telemedicina. 

Respeito à dignidade do paciente

Respeitar a dignidade do paciente continua sendo um compromisso central para os profissionais de saúde, mesmo no ambiente digital.

Isso significa garantir autonomia nas decisões sobre tratamentos e procedimentos realizados remotamente.

Os médicos precisam assegurar que consultas online ofereçam as mesmas condições de acolhimento e respeito que o atendimento presencial.

Confidencialidade das informações

Garantir o sigilo profissional é uma obrigação ética, que ganha ainda mais importância no meio digital devido ao risco de vazamento de dados.

Os profissionais devem utilizar ferramentas seguras e plataformas criptografadas para consultas virtuais.

Além disso, é necessário informar claramente ao paciente sobre os riscos relacionados ao ambiente digital e como suas informações estão protegidas.

Consentimento informado em consultas virtuais

No atendimento remoto, o consentimento informado continua sendo obrigatório, devendo ser documentado adequadamente.

O médico precisa explicar detalhadamente ao paciente como funcionará a teleconsulta, os benefícios previstos e possíveis limitações.

A autorização explícita do paciente, registrada de forma digital ou escrita, garante segurança jurídica para ambas as partes.

Responsabilidade médica na orientação digital

A responsabilidade médica se estende para além das consultas presenciais, aplicando-se plenamente às interações digitais.

Os médicos devem fornecer orientações baseadas em evidências científicas, reconhecendo claramente os limites do atendimento online. Sempre que o caso exigir, é necessário recomendar que o paciente procure atendimento presencial, garantindo segurança na prestação de cuidados de saúde.

Para os gestores das clínicas, é importante garantir também que os profissionais sejam treinados para lidar com as ferramentas digitais.

Isso reduz os riscos de erros relacionados à comunicação ou tecnologia, principalmente nos atendimentos via telemedicina

Presença digital e redes sociais: boas práticas para médicos e profissionais de saúde

A presença digital dos profissionais da saúde cresceu rapidamente nos últimos anos. Muitos médicos agora mantêm perfis em redes sociais, websites pessoais e participam de plataformas online. 

Com essa expansão, surgiram dúvidas sobre como manter uma atuação ética e responsável. Entenda os limites e as boas práticas exigidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

Autopromoção e publicidade ética

O médico deve evitar qualquer tipo de autopromoção exagerada ou publicidade enganosa nas mídias sociais. O CFM proíbe expressões como “melhor tratamento”, “exclusivo” ou promessas que garantam resultados. 

Anúncios precisam ser objetivos, transparentes e informativos, sempre baseados em evidências científicas para não induzir pacientes ao erro.

Uso adequado de imagens e selfies

Publicar imagens de pacientes em redes sociais requer consentimento claro, expresso e devidamente documentado

Fotos mostrando resultados como “antes e depois” são proibidas pelo código ético. Selfies em locais de trabalho, especialmente durante procedimentos médicos, também são vetadas para garantir o respeito ao paciente e sigilo profissional.

Consultas e prescrições em ambientes digitais

Médicos não podem realizar consultas, diagnósticos ou prescrições diretamente nas redes sociais abertas, como Instagram e Facebook. 

Ambientes públicos carecem das condições necessárias para garantir a confidencialidade e segurança das informações dos pacientes. Plataformas específicas e criptografadas são indicadas para atendimentos remotos autorizados pelo CFM.

Transparência na identificação profissional

Toda divulgação profissional em canais digitais precisa incluir informações claras do médico responsável, como nome completo, número do CRM e Registro de Qualificação de Especialista (RQE).

Clínicas ou hospitais devem informar o nome do diretor técnico responsável pelo estabelecimento. Esse procedimento garante transparência e fortalece a confiança entre médico e paciente.

Atualização constante das normas digitais

O Conselho Federal de Medicina mantém a Comissão de Divulgação de Assuntos Médicos (CODAME) para acompanhar mudanças tecnológicas e práticas digitais emergentes. 

Os profissionais precisam acompanhar frequentemente essas atualizações. Conhecer as regras vigentes previne problemas éticos e garante segurança jurídica na atuação digital dos médicos e demais profissionais da saúde.

5 práticas online que devem ser evitadas pelos médicos 

Manter um comportamento inadequado nas redes sociais pode afetar seriamente a imagem do médico e da sua clínica.  Confira abaixo cinco atitudes que precisam ser evitadas pelos profissionais da saúde, segundo o Código de Ética Médica.

1. Diagnosticar ou prescrever medicamentos nas redes sociais

Realizar consultas, diagnósticos ou prescrições de medicamentos nas redes sociais é proibido pelo Código de Ética Médica. Também não é permitido divulgar preços de consultas e procedimentos nesses canais.

As redes sociais devem servir apenas para interação informativa e educativa, enquanto questões clínicas precisam ocorrer em ambiente reservado, no consultório.

2. Prejudicar a imagem de outro profissional

As redes sociais não podem ser utilizadas para prejudicar a imagem de colegas com o objetivo de conquistar vantagem competitiva. 

Tal prática configura concorrência desleal, prejudicando a reputação do próprio médico. Pacientes costumam rejeitar atitudes negativas entre profissionais, resultando em consequências desfavoráveis para quem adota essas práticas.

3. Postar conteúdos pessoais misturados aos profissionais

Misturar vida pessoal e profissional nas redes sociais pode gerar desconforto e problemas éticos. O American College of Physicians (ACP) recomenda que médicos tenham perfis separados

Assuntos pessoais como família, política e religião devem ficar restritos a um perfil privado, enquanto a página profissional deve focar exclusivamente na medicina.

4. Divulgar imagens de pacientes

Como citamos, publicar imagens ou informações sobre pacientes sem autorização clara e documentada viola diretamente o Código de Ética Médica. 

Tal atitude pode acarretar processos judiciais por parte dos pacientes expostos e demissões por clínicas e hospitais envolvidos. É imprescindível preservar a privacidade e dignidade dos pacientes.

5. Publicar conteúdos médicos imprecisos ou não verificados

Muitos pacientes buscam informações sobre saúde na internet antes de procurar ajuda médica. Por isso, médicos devem compartilhar apenas conteúdos comprovados e de fontes confiáveis

Divulgar informações imprecisas afeta negativamente a saúde e bem-estar dos pacientes, além de comprometer a credibilidade do profissional.

A prática de telemedicina exige que médicos sigam normas claras e respeitem os princípios éticos, protegendo a privacidade do paciente e garantindo um atendimento remoto seguro.

Reconhecer esses desafios e adotar soluções consistentes reduz erros e melhora, garante a segurança e um bom atendimento. 

No episódio do nosso podcast, especialistas discutem como promover uma cultura de segurança do paciente e superar barreiras utilizando tecnologia.  Para ouvir o debate completo, acesse o episódio aqui!

Sobre a Pixeon

Pixeon é a empresa brasileira com um dos maiores portfólio de softwares para o mercado de saúde. 

Nossas soluções atendem hospitais, clínicas, laboratórios e centros de diagnóstico por imagem, tanto em gestão (HIS, CIS, RIS e LIS), quanto no processo diagnóstico (PACS e Interfaceamento laboratorial), garantindo mais desempenho e gestão de alta performance em instituições de saúde. 

O software HIS/CIS para hospitais e clínicas, Pixeon Smart, é completo e integra toda a instituição em um só sistema, além de ser certificado no mais elevado nível de maturidade digital pela SBIS (Sociedade Brasileira de Informática em Saúde). 

Já são mais de 3 mil clientes no Brasil, Argentina, Uruguai e Colômbia e milhões de pacientes atendidos anualmente por meio das nossas plataformas.  

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